2900 TWh (“Tera Watt hora”) ou ainda 2900 trilhões de Watts hora. Esse é o consumo de energia anual estimado para iluminar nosso planeta com fontes de luz artificiais. Em números de pontos de luz, isso representa 30.000.000.000 (trinta bilhões)!
Do ponto de vista de qualidade e quantidade, sabemos que com os LEDs é possível deixar para trás as tecnologias tradicionais. Essa afirmação é tão verdadeira que a penetração do LED já representa aproximadamente 40% de todo o mercado de iluminação no mundo.
E as projeções seguem otimistas, pois essa adoção massiva indica que até 2030 será possível reduzir em até 4% o consumo de energia global no segmento de iluminação.
Porém, há quem defenda que com o aumento da população o consumo tende a aumentar e todos esses ganhos não serão suficientes para compensar todo esse movimento. Esse seria o chamado efeito “rebote” e o exemplo abaixo mostra como e quando aconteceria por exemplo no segmento residencial nos Estados Unidos:
O gráfico acima (1) ilustra justamente esse efeito e divide em dois cenários:
Cenário 1: As famílias individuais não usam mais luz conforme o custo da iluminação diminui, mas o crescimento da população e o aumento do tamanho da habitação ao longo do tempo resultam no aumento da demanda de energia para iluminação;
Cenário 2: O uso de energia aumenta com o tempo porque as famílias exigem mais luz à medida que o custo da iluminação diminui e as áreas iluminadas aumentam como resultado do crescimento da população e da área habitada. Ambos os cenários mostram que o “efeito” do LED desapareceria em algum momento entre 2065 e 2070.
Por isso que não podemos simplesmente pensar em somente trocar uma tecnologia pela outra, mas sim considerar uma iluminação mais centrada no ser humano, que seja mais “inteligente” e que forneça a quantidade de luz certa na hora certa.
Mas, se isso realmente acontecer haverá uma necessidade ainda maior na busca por um aumento mais significativo da eficiência dos LEDs não é mesmo?
Atualmente a tecnologia usada para geração de luz branca ocorre através da conversão do fósforo (amarelo) aplicado sobre um LED azul. É no momento a mais madura e mesmo assim continua oferecendo possibilidade de aumento de performance, desde que o componente não seja submetido à um maior “stress” na operação (exemplo: aumento da corrente para se obter mais luz). Estes chips atualmente apresentam eficácia em torno de 255 lúmens/Watt.
Outras opções surgem como alternativas para desbancar essa tecnologia. Chamados de LEDs híbridos, são formados por um chip azul coberto por fósforo amarelo-esverdeado e um outro chip vermelho. Já estes podem chegar até 280 lúmens/Watt.
E uma outra maneira de se obter luz branca seria combinar LEDs vermelhos, verdes e azuis, porém esta tecnologia apesar de apresentar a mais alta eficácia (330 lúmens/Watt), deixa a desejar um pouco na qualidade quando a luz branca é gerada.
O gráfico acima (2) mostra a evolução projetada para as diferentes tecnologias. E pelas projeções, o LED híbrido (em verde) desponta como o mais promissor pelo menos até 2033 quando a tecnologia “RGB” (em preto) toma a liderança na corrida pela eficácia luminosa.
E independente da tecnologia, isso mostra que o LED ainda tem “muita lenha” para queimar e consequentemente contribuir para um mundo mais eficiente.
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Um abraço e até a próxima!
Agora Clareou
(1) Fonte: Hicks AL., Th.L. Theis, M.L. Zellner, Emergent Effects of Residential Lighting Choices: Prospects for Energy Savings, Research and Analysis
(2) Fonte: US Department of Energy, BTO Lighting R&D Program, 2019 Lighting R&D Opportunities, 2020
Fonte das demais informações: Atualização do mercado mundial de LEDs desde 2018 – Comissão Europeia (2021)
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