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Já ouviu falar em poluição luminosa?

A urbanização do mundo tornou cada vez mais difícil ver as estrelas no céu da cidade, mas isso pode estar mudando – pelo menos em Pittsburgh (EUA).

Um tema não muito recente mas que sempre preocupou diversos setores voltados ao meio ambiente parece estar saindo do papel. 

Com a adoção massiva dos LEDs em aplicações externas como fachadas de prédios, ruas, avenidas, quadras poliesportivas entre outros, a eficiência energética foi priorizada em relação à qualidade da iluminação e com isso passamos a ver os efeitos colaterais dessa escolha: a poluição luminosa causada!! 

Mas como diz o ditado, para quase tudo existe uma solução. 

E aqui surge a IDA (International DarkSky Association) – uma Associação Internacional que lidera o combate à poluição luminosa em todo o mundo e que realiza diversos estudos sobre os impactos causados, bem como recomendações para endereçar tal problema.

Nesses estudos, foi possível concluir que mudanças na iluminação natural de espaços podem afetar diretamente o meio ambiente como por exemplo o padrão de migração de pássaros ou ainda confundir o ciclo do dia para nós humanos, já que um céu mais escuro traz efeitos positivos para nossa saúde mental.

“É uma solução relativamente fácil que todos os governos locais poderiam assumir”, disse Grant Ervin, responsável pela nova iluminação. “É uma das ferramentas que os governos locais têm a capacidade de regular e definir como padrão.”

Pittsburgh investirá U$16 milhões para o projeto de iluminação pública e estima que economizará U$ 1 milhão em custos de energia, disse Ervin. A cidade vai trocar cerca de 40.000 luminárias nas ruas e em prédios públicos por LEDs que emitem menos luz azul, ou comprimentos de onda curtos que podem ter um impacto prejudicial em plantas, insetos e outros animais selvagens. Ele pretende concluir o projeto dentro de 18 a 24 meses, mas espera ver os benefícios de um céu escuro o quanto antes.

Pittsburgh será a primeira cidade do mundo a seguir a nova iluminação externa centrada em valores da International Dark Sky Association, o que significa dizer que seguirá as sugestões mais abrangentes do grupo em relação à potência e temperatura da cor da luz, bem como quando e como mantê-la acesa.

A quantidade é importante, mas a qualidade não pode ser deixada de lado, já que nem todos produtos LED conseguem atender em alguns casos estes requisitos e precisam ser cuidadosamente selecionados. Um exemplo está no controle de distribuição da luz que pode contribuir negativamente para a iniciativa jogando muita luz para cima por não ter uma ótica cujo papel é o de concentrar a luz e direcioná-la para o local certo.

 


Vista aérea do Phipps Conservatory and Botanical Gardens em Pittsburgh durante um evento de feriado em dezembro de 2019. Fotógrafo: Mike Lincoln / TopShot Aerials

 

Enquanto isso, seguimos acompanhando outras Cidades ao redor do mundo para que esse movimento ganhe cada vez mais adeptos e possa assim evitar maiores impactos no futuro!

 

Um abraço e até a próxima!

Agora Clareou

 

#darksky #lightpollution #streetlight #poluicaoluminosa

Fonte: Bloomberg

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